2024-08-30 Fonte: Diário do Povo Online
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Sam Hou-fai, que acaba de renunciar ao seu cargo de chefe do Supremo Tribunal de Macau, anunciou na quarta-feira a sua candidatura a chefe do executivo da Região Administrativa Especial de Macau, prometendo melhorar a eficiência da governação e promover a diversificação econômica.
Numa conferência de imprensa, Sam disse que a sua decisão foi impulsionada pelo compromisso de defender o princípio "um país, dois sistemas" em Macau e garantir a estabilidade e prosperidade da cidade. Ele manifestou também o desejo de melhorar a vida dos residentes de Macau.
A eleição para o próximo chefe do executivo de Macau terá lugar no dia 13 de outubro, com o período de nomeação a decorrer de quinta-feira a 12 de Setembro. O incumbente, Ho Iat-seng, que está no cargo desde 2019, anunciou na semana passada que não se recandidataria para um segundo mandato por razões de saúde.
Sam comprometeu-se a aproveitar os pontos fortes de Macau no âmbito do quadro "um país, dois sistemas" e a aprofundar os laços com o resto do mundo, particularmente os países de língua portuguesa. Ele prometeu também promover a diversificação econômica, usando a zona de cooperação profunda Guangdong-Macau em Hengqin como área-chave para o desenvolvimento de indústrias emergentes e integração na Grande Área da Baía Guangdong-Hong Kong-Macau.
Ele destacou a necessidade de reformas para aumentar a eficiência da governança e melhorar a capacidade de tomada de decisão do governo, enfatizando a importância dos funcionários públicos serem mais focados na comunidade.
"O desenvolvimento de Macau enfrenta inúmeros desafios no contexto da mudança dos ambientes internos e externos", disse Sam. "Ao concorrer para chefe executivo, espero unir todas as esferas da vida da cidade para construir uma comunidade mais próspera e harmoniosa e contribuir para o desenvolvimento da nação".
Nascido na província de Guangdong em 1962, Sam mudou-se para Macau nos anos 80 e trabalha no sector judicial da cidade há quase 40 anos. Foi nomeado pelo governo central como presidente do Tribunal de Recurso Final de Macau, em 1999, cargo que ocupou até à entrada em vigor da sua renúncia na quarta-feira.
A lei de Macau proíbe os atuais principais funcionários e membros do poder judiciário de concorrerem para chefe do executivo.
Citando sua vasta experiência na cidade, Sam disse que acredita ter um profundo conhecimento do território e está confiante de que será reconhecido como "um nativo de Macau".
Sam criou seu escritório eleitoral e visa garantir o apoio dos membros do Comitê Eleitoral do Chefe do Executivo durante o período de nomeação. O comitê de 400 membros, que reflete os vários sectores de Macau, elegerá o próximo dirigente. Os candidatos devem obter indicações de pelo menos 66 membros para serem elegíveis para a corrida à liderança.
Sam já recebeu apoio de líderes políticos e empresariais locais, incluindo Kou Hoi-in, presidente da Assembleia Legislativa de Macau, e Chui Sai-cheong, presidente da Câmara de Comércio de Macau.