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Empresário brasileiro pretende expandir uso de drones chineses na produção agrícola do Brasil

2024-06-13 Fonte: portuguese.xinhuanet.com

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Valdicimar de Assis Mattusoch, empresário brasileiro, pegou seu celular e exibiu vídeos sobre drones agrícolas chineses voando e trabalhando sobre os campos no Brasil durante uma reunião com parceiros e jornalistas chineses em 6 de junho na sede da DJI, gigante de drones de renome mundial em Shenzhen, Província de Guangdong, ao sul da China.

Durante a visita oficial do vice-presidente brasileiro Geraldo Alckmin à China de 4 a 8 de junho, Valdicimar voou para China como representante da delegação de empresários brasileiros.

Valdicimar nasceu em 1986 em Boa Esperança, Espírito Santo, onde sua família possuía 80 hectares de fazenda de café. Ele se formou em ciência e tecnologia agrícolas e trabalhou na indústria de máquinas agrícolas. Atualmente, Valdicimar é dono de uma empresa de drones agrícolas no Brasil.

Como um entusiasta de máquinas agrícolas, ele entrou em contato pela primeira vez com os drones corporativos da DJI em 2016. Ele foi profundamente atraído por sua eficiência e características ecológicas e decidiu trazer esses produtos tecnológicos da China para o Brasil para capacitar a agricultura local.

Os brasileiros costumavam usar tratores e aviões na indústria agrícola, então promover aeronaves elétricas de controle remoto para semear e pulverizar pesticidas parece uma ideia não realista. O impulso tecnológico da Valdicimar no Brasil não começou bem.

Inicialmente, diante das dúvidas dos agricultores locais e dos desafios de aceitação da tecnologia, ele e sua equipe viajaram com os grandes drones de fazenda em fazenda, percorrendo cerca de 20 estados, demonstrando e explicando continuamente as vantagens da nova tecnologia.

Com esforços constantes, as pessoas percebam gradualmente a conveniência e eficiência desta nova máquina agrícola. A operação dos drones é mais eficiente com menor custo. Os drones não têm as desvantagens das máquinas terrestres como a prensagem de mudas, e se adaptam a operações multi-terreno e multi-cena.

Essas vantagens de menor custo, redução da carga sobre os trabalhadores e proteção da saúde deles, fizeram com que cada vez mais agricultores aceitassem e adotassem essa tecnologia chinesa.

Um fazendeiro que queria recusar a demonstração comprou quatro drones logo após a demonstração, lembrou Valdicimar.

Segundo ele, ao longo dos anos, já vendeu mais de 3 mil drones agrícolas da DJI no Brasil. No passado, a agricultura era difícil e perigosa, e era uma escolha de carreira sem futuro. Agora, com a tecnologia automática, muitos jovens tomaram a iniciativa de voltar das grandes cidades para o campo e se dedicar à produção agrícola. A tecnologia chinesa mudou a vida dele, assim como a estrutura agrícola e até a estrutura social no Brasil. O empresário disse ficar muito feliz em ver essas mudanças.

Dados da DJI mostram que, até o final de 2023, os múltiplos agentes da empresa no Brasil estabeleceram um total de 286 pontos de venda e 5 centros de treinamento. Em 2023, o volume de vendas foi de 5,6 mil unidades, e o número de operações com drones foi de 3,13 milhões de hectares, quase triplicando os 1,1 milhão de hectares em 2022.

A China é o principal destino das exportações de produtos agrícolas do Brasil, que é um dos maiores produtores agrícolas do mundo. Valdicimar espera que mais trabalhadores agrícolas brasileiros usem a tecnologia chinesa e, ao mesmo tempo, que as empresas agrícolas chinesas vejam o enorme potencial do mercado latino-americano.

Tecnologia e comércio são como duas pontes, através das quais podemos aprofundar a amizade entre Brasil e China e alcançar resultados vantajosos para ambos os lados, disse Valdicimar.